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Arte indígena Brasileira

O tema é complexo e, apesar da inadequação do termo, muitas obras indígenas suscitaram a sensibilidade e / ou curiosidade do ‘homem branco’ desde o século XVI, período em que os europeus desembarcavam pela primeira vez nas terras habitadas por ameríndios. Durante esse período, objetos produzidos por esses povos foram coletados por reis e nobres como espécimes “raros” de culturas “exóticas” e “distantes”.

Ainda hoje, uma concepção museológica de artefatos indígenas continua generalizada. Para muitos, essas obras constituem “artesanato”, considerado uma arte menor, cujos artesãos simplesmente repetem o mesmo padrão tradicional sem criar nada de novo. Essa perspectiva ignora o fato de que a produção não é independente do tempo e da dinâmica cultural. Além disso, o desenho dos trabalhos resulta da confluência das concepções e do inquietante questionamento de coletivos e indivíduos, embora a última dimensão não esteja em primeiro plano como na arte ocidental. Fabricada para uso cotidiano ou ritual, a produção de elementos decorativos não é indiscriminada, mas pode envolver restrições de acordo com sexo, idade e posição social. Também exige conhecimento específico dos materiais utilizados, as ocasiões apropriadas para a produção e assim por diante.

As formas de manipulação de pigmentos, penas, fibras vegetais, argila, madeira, pedra e outros materiais tornam a produção ameríndia única, diferenciando-a da arte ocidental tanto quanto as produções africanas ou asiáticas. No entanto, não estamos lidando com uma “arte indígena”, mas com “artes indígenas”, uma vez que cada povo possui particularidades em sua maneira de se expressar e conferir significado às suas produções.

Os substratos dessas expressões artísticas vão além das peças expostas em museus e feiras (cestos, cabaças, redes, remos, flechas, bancos, máscaras, esculturas, capas, colares …), já que o corpo humano também é pintado, escarificado e perfurado. . O mesmo se aplica às rochas, árvores e outras formações naturais, sem incluir a presença crucial da dança e da música. Em todos esses casos, a ordem estética está ligada a outros domínios do pensamento, constituindo meios de comunicação – entre homens e mulheres, entre povos e entre mundos – e modos de conceber, compreender e refletir sobre a ordem social e cosmológica.

Nas relações entre os povos, os artefatos também atuam como objetos de troca, incluindo o comércio com os “brancos”. Nos últimos anos, o comércio com a sociedade circunvizinha forneceu uma fonte alternativa de renda baseada na valorização e divulgação de sua produção cultural.

A Arte Baniwa, marca criada pelos índios Baniwa do Alto Rio Negro (AM), é um exemplo bem-sucedido desse tipo de empreendimento.

Historicamente, o artesanato recebeu pouco reconhecimento como forma de arte no Brasil. No entanto, nas últimas décadas, vem ganhando popularidade por celebrar a cultura local e restaurar as tradições. Naturalmente criativo, o povo brasileiro valoriza a importância de cultivar uma tradição familiar e uma forma de arte que tem sido transmitida de geração em geração.

O papel dos artesãos está ganhando mais importância na economia brasileira. a indústria está dando a muitas mulheres de baixa renda uma oportunidade de se tornarem empreendedores e melhorar suas condições econômicas familiares.

Veja também: Cultura Afro-Brasileira.

Tradição Nacional

Arte indígena

É interessante notar que as artes e ofícios podem ser encontradas em todo o país e diferem de região para região.

Talha

No nordeste do Brasil, muitas técnicas de talha e escultura foram herdadas dos escravos africanos. Os jesuítas portugueses também transmitiram habilidades na escultura e pintura de figuras religiosas em madeira. Originalmente eles encorajaram seus indígenas convertidos nas técnicas, mas hoje outros praticam a arte. A escultura em madeira é difundida em Pernambuco e Bahia no Nordeste. A técnica também é encontrada no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Cerâmica

No nordeste do Brasil, figuras religiosas também são feitas em barro. Eles serão encontrados em Tracunhaém, perto de Recife. Outro lugar onde as cerâmicas são ainda mais famosas é o Alto da Moura, perto de Caruaru. Ambas as cidades estão no estado de Pernambuco.

Os potes de cerâmica também são feitos na região amazônica e vêm em vários estilos.

Têxteis

O Ceará, no norte, é famoso pela fabricação de rendas, e belas peças são vendidas em todo o Brasil. Em outras partes do norte, redes e outros itens tecidos podem ser encontrados. A rede é, naturalmente, um item doméstico típico.

Nas áreas do sul, onde a imigração europeia era mais pesada, muitas roupas tradicionais podem ser vistas. O couro, embora não confinado ao sul, pode ser encontrado em qualquer região onde o gado é criado.

Instrumentos musicais

Os instrumentos mais populares são aqueles ligados à música africana, especialmente os tambores de mão e de fricção, como o zabumba, cuica e reco reco, e o berimbau (usado para a capoeira). Aqui, novamente, o melhor lugar para se olhar é no Nordeste, onde a herança africana é mais forte.

Recordações

Outra nave nordestina são as fotos feitas em garrafas com areias coloridas. Lençóis, na Bahia, e Natal, no Rio Grande do Norte, são bons lugares para comprá-los.

Cestas

Na Amazônia, uma enorme variedade de matérias-primas está disponível para fazer cestos, redes, redes, estilingues para carregar bebês, máscaras e adornos corporais. Também no Nordeste, as cestas são de todas as formas e tamanhos, principalmente na Bahia, Pernambuco e Paraíba.

Veja também: Dança africana.

Mercados de Artesanato

Pontos turísticos tradicionais, as feiras de artesanato são uma atração especial para quem visita as cidades brasileiras e quer aprender um pouco sobre sua arte e cultura.

  • Feira da Torre: ponto de encontro de muitos moradores de Brasília, com barracas de artesanato, móveis, joias misturando madeira e sementes, roupas de linho de cor clara ou de tecido de algodão, pratos típicos e o tradicional frito com caldo de cana.
  • Feira São Cristóvão: A Feira São Cristóvão, no Rio de Janeiro, é uma excelente opção para compras, alimentação e diversão. Com quase 700 tendas, oferece produtos como artesanato, tecidos e alimentos de dar água na boca, e o melhor, no ritmo dos ritmos do nordeste, como o forró.
  • Feira da Liberdade: Inaugurada em 1975, a Feira Oriental da Liberdade, em São Paulo, foi criada com o objetivo de apresentar o trabalho de imigrantes orientais e mostrar um pouco mais da cultura japonesa para quem passa. A seção de comida é uma das mais visitadas e oferece muitas delícias chinesas e japonesas e, claro, a culinária brasileira.
  • Feira de Caruaru: A cidade de Caruaru, a 123 km de Recife, em Pernambuco, é conhecida por uma das maiores festas juninas do mundo, mas também por ter uma das mais tradicionais feiras do país. Realizada há mais de 200 anos, compreende inúmeras tendas coloridas espalhadas por dois quilômetros nas ruas da cidade, oferecendo uma grande variedade de produtos artesanais populares, como chapéus de todos os tecidos e tamanhos, cestas, objetos de barro e cerâmica, entre outros. Uma das atrações que atraem centenas de pessoas para a feira é também a culinária. A feira oferece aos visitantes alimentos regionais como os de carne grelhada e cabra, além de ervas medicinais, frutas e verduras. Há também seções onde você encontrará roupas, sapatos, bolsas, panelas, móveis e, se tiver sorte, você encontrará algumas bandas de Fife (instrumentos de percussão e sopro) e guitarristas.

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