<

Folclore

O que é Folclore? Folclore é um sinônimo de cultura popular, onde une os mais variados costumes, mitologias e crenças.

Normalmente, passada de geração para geração, aqui no Brasil, todas as festas das comunidades que nunca mais serão esquecidas são o motivo de tanto orgulho para os povos.

Com características e personagens fictícios, de lutas e glórias, que eternizam guerreiros da pátria, muitas vezes transformando vilão em mocinho, tristes acontecimentos em fatos heróicos. Ou seja, criando na imaginação caricaturas cativantes.

Ficamos com as memórias e sabores das originais e tradicionais festas do Folclore brasileiro.

Porém, aquelas que a memória insiste em apagar são relembradas por nossos avós e pais e apaixonados pelo lugar que vivem.

A internet chegou para o auxílio de todos, mas não a nada comparável a escutar uma velha e boa história cheia de criatividade e magia.

O folclore é mais que uma repetição da mesma cultura ou conto, é sinônimo de amor pela história, é essência viva dos que passaram por cada chão.

É o fato que nunca morre ou as peraltices de personagens imortalizados em fantasias, que criam alusões ao mágico enredo de acontecimentos, que ninguém pode provar se existiram, mas que deixaram uma incrível realidade no imaginário de cada cidadão.

Significado do termo: Folclore

Significado do termo: Folclore

Para cada cidadão a indescritível felicidade de renovar os votos no imaginário, traduz os diversos significados que a palavra folclore possui, do inglês “folk” que significa gente e de “lore” que significa conhecimento.

Nos define “conhecimento da gente” ou seja, tudo aquilo que descreve um povo durante as gerações, seja verdadeiro com fatos que o comprovem, ou não, apenas lendas que fortalecem a cultura da região.

Seja ela em um município, estado ou até mesmo países, como por exemplo, a cultura internacional e folclórica do povo gaúcho com acento tônico no a.

Povo que vive em três países, Argentina, Uruguai e Brasil, trazem uma rica cultura cheia de Folclore com lendas  que provêm dos fronteiriços e se segmentam em história que retratam a vida no campo.

Folclore – Negrinho do Pastoreio:

Folclore é mais que lenda e sim fonte viva de cada sentimento construído. Essa cultura ocupa um espaço gigantesco na américa do sul.

Uma prova disso é um dos folclores mais solidificados nas três fronteiras, é o do Negrinho do pastoreio. Lenda criada no fim do século XIX nos países que vivem o povo gaúcho.

São muitos autores que relatam em todos os três países. No sul do Brasil, no estado do Rio Grande do sul, uma das versões foi escrita por João Simões Lopes Neto.

Que conta a história que um escravo da época, jovem menino, sem pai nem mãe, não possuía nome, e então apelidado de “Negrinho”, sempre dizia que sua madrinha era a Virgem Maria.

Foi diversas vezes castigado durante a história, mas em um relato final do conto, dormiu e perdeu seu pastoreio, no qual era responsável.

Para pagar o erro que cometeu, ele foi cruelmente jogado em um formigueiro, para que as formigas o comessem.

Depois de alguns dias do ocorrido o estancieiro (que é como se fosse um chefe da fazenda) o viu sobre o formigueiro tirando as últimas formigas, sem nenhuma marca em sua pele.

Ao seu lado estava Virgem Maria, sua madrinha. Deixando assim a mensagem para todos que ele já habitava no céu!

A cultura popular então criou a imagem de que ele se tornou um Santo protetor dos campeiros.

Esse é o exemplo de folclore que vive não apenas em uma comunidade, mas que quebrou os limites das fronteiras dos países em diversas literaturas como do escritor argentino Juan Ambrosetti em 1917 e do uruguaio Javier Freyre em 1890 acompanhando assim a história forte e eterna desse povo gaúcho.

É uma história verdadeira?

Não há fatos que comprovem que realmente essa história é verdadeira, mas é o exemplo claro do significado de folclore, que atravessa gerações deixando o brilho de esperança e proteção para os homens que vivem no campo.

Conceito de Folclore:

A UNESCO (Organização das Nações Unidas) para educação, ciência e a cultura, compreende que o termo folclore é sinônimo de cultura popular, que é importantíssimo para eternizar todo tipo de sentimento histórico, seja ele lenda ou verdadeiro.

Conceito de Folclore:

O folclore é responsável por criar o perfil de uma comunidade, fortalecer características que estabelecem propriedades intelectuais.

Assim podemos explicar por que em países de língua portuguesa ou espanhola apresentam tantas ramificações, como no vocabulário próprio, nas gírias e nos sotaques.

Também é forte influenciador das vestimentas, culinária e arquitetura das localidades, como por exemplo, os povos germânicos e italianos que trouxeram junto com suas famílias a forte cultura europeia.

É fácil visualizarmos nas cidades do interior das grandes metrópoles, as construções remetem aos antigos folclores. A alimentação se torna até mesmo comércio para que não é seguidor da cultura.

Fazendo assim o folclore ser também muito importante para a economia dos povos. Podemos comparar com a tecnologia que influencia diversos nichos dentro de uma mesma sociedade.

O conceito principal do folclore é a diversidade cultural viva. Um povo sem folclore é um povo sem identidade, que poderá ser facilmente apagado da história.

Mas a magia dessa cultura é de tamanha força que até mesmo em ditaduras como a China ela existe, com os dragões nas festividades de ano novo.

O povo chinês acredita que essa criatura mitológica existiu e ao vê-lo era possível obter sabedoria, força, poder, proteção e riqueza.

O folclore oriental tornou-se de tamanha proporção que facilmente vemos hoje, na sociedade atual, muitos utilizando de imagens de dragões, de buda, de carpas, em ornamentos, ou tatuadas em seus corpos, acreditando, baseados no folclore, que receberam as bênçãos ali depositadas.

É a cultura popular que o povo conta e que avança sobre fronteira e mares.

Qual a história do Folclore?

No início do século XIX os irmãos Grimm que eram alemães, eram linguistas, poetas e escritores e dedicaram-se aos registros de diversas fábulas infantis, acabaram adquirindo grande fama mundial.

Porém, descobriram que exista algo além das histórias, um sentimento popular que não se explicava nas literaturas tradicionais, muitas histórias sem fundamento pairavam sobre a sociedade.

Qual a história do Folclore?

Então definiram que essa cultura popular era importantíssima, descobriram diversos folclores, reportando em material que se perpetuou na história.

Definiram, por exemplo, chapeuzinho vermelho (história legitimamente alemã, sem registro de autor), mesmo ela existindo em diversas culturas, é um folclore.

Essa intensa dedicação ao estudo da poesia tradicional que fez com que descobrissem que existia uma cultura popular diferente das culturas da elite.

As culturas eram muito extensas e englobavam a música, as artes, a poesia, religiões.

Todos esses acontecimentos começaram a serem estudados em outros países, pois rapidamente se espalhou a notícia da novidade cultural, que começou a ser chamadas na época “antiguidades populares” e atraiu estudiosos para essas novas descobertas.

Em 1846 o arqueólogo Ambrose Merton foi quem definiu a palavra Folklore.

As grandes proporções do estudo na sociedade agora tanto de elite, ou não, possibilitaram referências a estas festas, tradições costumes, crenças, histórias e fatos que por sinal as vezes até considerados impossíveis de terem existidos a ser chamados de folclore.

Depois de um tempo todo tipo de nova cultura descoberta, ou contada por antigos começou a ser chamada assim. Até mesmo histórias não escritas, mas faladas pela população.

O folclore até assumiu um sinônimo de não verdade, balela, no dia a dia do cidadão, mas a etimologia forte hoje da palavra é relacionada a histórias das culturas da população.

O Folclore na sociedade contemporânea

O passar dos tempos nos trouxe consideráveis e importantíssimos avanços tecnológicos e muitas dessas histórias podem e foram desmitificada, mas a força de uma cultura não perde espaço e continuam sendo acesas no sentimento das sociedades.

Com diversos bons acontecimentos no século XIX se criou a mística crença que o mundo moderno poderia extinguir as festas folclóricas.

Fator que causou uma comoção para o estudo e aprofundamento de todos os tipos no Folclore.

O Folclore na sociedade contemporânea

Por sorte na atualidade a cultura se solidificou ainda mais, estando viva até hoje.

No Brasil, na metade do mesmo século, precursores como Celso de Magalhães e Sílvio Romero foram destaques nos estudos folclóricos.

A UNESCO junto com a comissão nacional do folclore criou a carta de folclore Brasileiro constituída em 1951, no rio de janeiro, ela considera o folclore essencial na educação, que cria sintonia para a história de um povo.

O folclore está inserido nas universidades no ramo de ciências sociais.

Há uma preocupação na continuidade dos estudos relacionados à cultura, pois as mídias digitais exigem mais qualidade nos materiais, obviamente a divulgação é mais poderosa que qualquer época.

Mas o acesso à informação e falta da mesma poderá frustrar aquele que buscar o segmento das histórias, pois muitas estão no dito popular e nas conversas coloquiais de pequenos vilarejos que não tem acesso aos bancos digitais existentes.

Com o advento da internet as divulgações das culturas poderão ganhar forças, pequenos grupos buscam essa expansão com festas que retratam nossa cultura como a festa do boi bumba, festa farroupilha, carnavais de rua.

Lendas e brincadeiras folclóricas:

Lendas e brincadeiras folclóricas

Podemos citar muitas lendas nos dias atuais como Saci Pererê, mula sem cabeça, Negrinho do pastoreio, curupira, lobisomem, discos voadores, Boto, Boitatá, Iara.

Assim como brincadeiras folclóricas: Esconde-esconde, três marias, bola de gude, pião, Pega-Pega e por fim alguns cantos; O sapo não lava o pé, atirei o pau no gato, Ciranda-cirandinha.

A cultura do brasil e do mundo é rica e linda e deve sempre ser registrada para que fique viva, alimentando o imaginário de novas gerações.

Pois alimentar o imaginário é ensinar a sonhar, um cidadão sem sonhos, é um cidadão sem norte para seguir a vida”.