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Lendas folclóricas

Como transmitir tantos ensinamentos e explicar as forças da natureza? Foram assim que nasceram as Lendas folclóricas brasileiras.

Um conjunto de estórias, mitos e contos narrados pelo povo e são transmitidas de geração em geração é o que define as Lendas do Folclore Brasileiro e formam diversas festas e comemorações que nunca mais serão esquecidas e são o motivo de tanto orgulho para os povos.

As Lendas folclóricas brasileiras são tão importantes culturalmente que ganhou até uma data comemorativa. Em 1965, o Congresso Nacional Brasileiro, oficializou o dia 22 de agosto como o DIA DO FOLCLORE.

Lendas folclóricas

Confira a seguir as principais Lendas folclóricas e seus respectivos personagens:

Lenda do Lobisomem

Lenda do Lobisomem

Com origem Europeia criada no século XVI, a Lenda do Lobisomem retrata um monstro muito violento que se alimenta de sangue.

A lenda contava que se uma mulher tem sete filhas e mais um homem, sendo ele o ultimo ao nascer, provavelmente ele será um LOBISOMEM. É claro que esta é apenas uma das versões contadas. Existe outra também muito popular onde diziam que as crianças que não foram batizadas poderiam se tornar o Lobisomem.

De dia homem e em noites de lua cheia Lobisomem. Assim é contada esta lenda folclórica.

Lenda do Lobisomem para imprimir

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Lenda da Mula sem cabeça

Mula sem cabeça

Mais uma lenda típica do Folclore brasileiro, portanto a mula sem cabeça não tem região específica a ser contada. Ninguém sabe ao certo sua origem.

Algumas pessoas acreditam que esta história teria sido criada pela igreja católica para assustar as mulheres.

Elas deveriam entrar na igreja e ver o padre não como um homem, mas como uma figura divina, a mulher que tivesse algum tipo de desejo com o padre seria transformada em mula sem cabeça.

Características:

O fogo que sai da cavidade, seria a representação do pecado.

Portanto para que tal mulher se salvasse seria somente possível se alguém tirasse seu cabresto ou arreio (um pouco difícil, pois ela não tem cabeça!).

Ou furando-a com uma agulha nunca usada para assim voltar ao seu estado normal.

Lenda do Negrinho do pastoreio

Lenda do Negrinho do pastoreio

Lendas folclóricas

O sul do Brasil é cheio de mistérios, bravura e romances, e o negrinho do pastoreio é uma lenda internacional, no Uruguai, argentina e no Brasil, mais precisamente no Rio Grande do Sul, a lenda do negrinho do pastoreio enche os ouvintes de paz e coragem.

A lenda de folclore brasileiro fala sobre um escravo órfão, apelidado de Negrinho, que mesmo com todos os maus tratos que sofria dizia que era protegido por sua madrinha: Virgem Maria.

Ele era muito maltratado pelo estancieiro, e certa vez dormiu e perdeu o pastoreio, como castigo o homem o colocou sobre um formigueiro para que as formigas o comessem.

Alguns dias depois o capataz retornou e encontrou o menino em pé, sem nenhum machucado ou marca, tirava ainda algumas formigas do rosto. De acordo com o folclore brasileiro ele estava ao lado da Virgem Maria.

Tornou uma representação dos escravos e campineiros das terras. Uma proteção ao povo trabalhador.

Lenda folclórica do Boto

Essa é uma das principais lendas do folclore brasileiro, que se originou na região do Norte do país.

Sempre quando muitas mulheres apareciam misteriosamente grávidas pouco depois de festividades essa paternidade era assumida pelo boto galã.

Lenda folclórica da Cuca

Cuca

A Cuca é uma famosa personagem, também personagem de Sítio do Pica-pau Amarelo, porém a sua origem é portuguesa.

De acordo com a lenda a Cuca seria  uma senhora velha e rabugenta em forma de jacaré, que adormece uma só vez a cada sete anos (por isso tanto mau humor) e se alimenta de crianças desobedientes!

Lenda da Cuca para imprimir

Lenda da Cuca para imprimir

Lenda do Curupira

Curupira

Baixinho, com cabelo vermelho e os pés virados para trás, o curupira está sempre confundido o caçadores com pegadas que levam para a direção errada.

A sua origem é Tupi Guarani e tem o significado de (Corpo de Menino).

Ah… O curupira… Também forte personagem do folclore Brasileiro. Considerado o Demônio da floresta, possui o registro mais antigos na literatura brasileira, de 1560.

Protetor da flora e fauna, o curupira é o guerreiro da floresta e não deixa nenhum homem se aproveitar da mata, tem os pés virados para trás (para disfarçar seu paradeiro dos inimigos) e o cabelo vermelho fogo.

Sempre viaja em cima de seu Caititu (espécie de porco do mato)e tem o poder de ressuscitar animais com sua lança.

Não deixe de conferir os personagens do folclore da região sudeste.

Lenda da Iara

Lendas folclóricas brasileira da Iara
Lenda da Iara

Lenda da Iara, também conhecida em varias regiões do Brasil como a Lenda da Mãe d’água, faz parte do folclore brasileiro e de origem indigna, mas precisamente na região norte do Brasil (Amazônia).

A sereia Iara é uma lenda do folclore brasileiro, portanto é muito especial.Iara ou Uiara (do tupi ‘y-îara “aquela que mora na água”) é uma linda sereia que primeiramente vive no Rio Amazonas, mas depois a lenda se espalhou e ela é vista por todo o nosso território brasileiro.

Pescadores de toda parte do Brasil, de água doce ou salgada, contam histórias de moços que cederam aos encantos da bela Iara e terminaram afogados de paixão, ou melhor, até hoje não se sabe o que acontece com quem cede aos encantos dela, pois nunca mais o corpo é encontrado. Alguns autores acreditam que a sereia não matava suas vítimas, mas os conduzia até seus palácios subaquáticos e utilizando de seus poderes mágicos ela fazia com que os homens sobrevivessem embaixo d’água. Outros ainda dizem que vários índios mantiveram um relacionamento amoroso com a sereia, e teriam voltado para contar a história.

Lenda da Iara para imprimir

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Lenda do Saci Pererê

Saci Pererê
Saci Pererê

A lenda do Saci é uma das mais difundidas no Brasil, segundo muitos autores, o Saci é um menino travesso de cor negra que possui apenas uma perna, usa uma carapuça ou gorro vermelho na cabeça e fica o tempo todo fumando cachimbo, costuma correr atrás dos animais para afugentá-los, gosta de montar em cavalos e dar nó em suas crinas.

O Saci Pererê pode também aparecer e desaparecer misteriosamente, é muito irrequieto e não para um instante sequer, pois fica pulando de um lugar para outro e toda vez que apronta as suas travessuras, ele dá risadas alegres e agudas e gosta de assobiar principalmente quando não existem as noites de luar.

Ao Saci Pererê são atribuídas às coisas que dá errado, ele entra nas casas e apaga o fogo, faz queimar as comidas das panelas, seca a água das vasilhas, dá muito trabalho às pessoas escondendo os objetos que dificilmente serão encontrados novamente, seu principal divertimento é atrapalhar as pessoas para se perderem. Dizem que ele veio do meio de um redemoinho e para espantá-lo as pessoas atiram uma faca no redemoinho que ele vai embora ou então o chamando pelo seu nome. Embora pertença ao folclore da região sudeste e sul, ele também foi introduzido ao folclore do norte por ser uma figura muito popular nesta região do país.

A lenda do Saci Pererê para imprimir

A lenda do Saci Pererê para imprimir

Lenda do Boitatá

Lendas folclóricas brasileira do Boitatá

Conhecido como o protetor das flores, a Lenda do Boitatá conta a história de um personagem muito importante do folclore brasileiro.

O Boitatá é uma criatura fantástica do folclore brasileiro, uma das mais antigas e conhecidas pela população.

Dizem que esse monstro tem a aparência de uma cobra de fogo gigantesca, com olhos cintilantes que se assemelham a dois faróis acesos. Em certas regiões esse ser tem a forma de um touro gigantesco com apenas um olho na testa.

Os povos antigos do Brasil acreditavam que o Boitatá era um gênio protetor das matas, assim como o Curupira. Eles protegem florestas das queimadas, e punem aos que destroem ou incendeiam as árvore.

O Boitatá

Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro.

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Lenda folclórica da vitória-régia

Lenda folclórica da vitória-régia

A lenda da vitória-régia é uma lenda brasileira de origem indígena tupi-guarani. Ela explica a origem da planta aquática que é símbolo da Amazônia.

Naiá era uma jovem índia bela e virgem, sua beleza unica chamava atenção de outros jovens da tribo, mas ela desprezava a todos, pois tinha decidido dedicar todo o seu amor para a lua.

A Lua era a deusa Jaci, conhecida como a guardiã da noite, que tinha um grande amor pelas garotas jovens e puras. a lenda conta que por vezes escolhia umas desas garotas e a transformava em uma estrela.

Esta lenda folclórica conta que Naiá sonhava com o dia quer seria escolhida e que todas as noites a jovem índia partia e ficava esperando a lua surgir. Quando ela aparecia Naiá passava a noite toda contemplando a deusa. Sem ao menos se alimentar direito, aos passar dos dias a índia ficava cada vez mais fraca.

Certo dia, Naiá quase sem forçar percebeu que JACI apareceu muito mais perto, a lua estava sobre as águas e com isso Naiá não teve duvidas e se jogou nos braços da deusa, que na verdade era apenas seu reflexo. Naiá acaba se afogando.

Ao saber disso a deusa Jaci, se comoveu e decidiu transformar Naiá em uma linda flor aquática (vitória-régia), tornando assim possível que ela dance junto a lua sempre que ela fosse refletida nas águas.

Esta é a história da lenda folclórica vitória-régia.

Lenda do Caipora

Lenda folclórica do Caipora

A lenda folclórica da caipora tem origem indígena desde a época do descobrimento. Índios e gesuritas o chamavam de caiçara (o protetor da caça e dos animais).

Caipora é um anão com cabelos vermelhos, com pelos e dentes verdes. Como protetor das águas e dos animais, costuma punir todo e qualquer tipo de agressor da natureza e o caçador que mata por prazer.

Há quem diga que caipora é prima de curupira.

Lenda da Erva-mate

Lendas folclóricas da Erva-mate

No meio das coxilhas vivia uma tribo guarani, cujo cacique era admirado por sua bravura e sabedoria, contudo, o velho guerreiro andava triste, pois já não tinha condições de caçar e pescar. Por não ter filho homem, a belíssima Yari o tratava com carinho, conservando-se solteira para melhor dedicar-se ao pai.

Um dia receberam a visita de um homem estranho, mas o acolheram com os melhores tratos guaranis. Ao amanhecer, o viajante confessou ser enviado de Tupã e para retribuir a hospitalidade, concedeu-lhe um desejo.O cacique pediu sua força de volta, para que Yari se tornasse livre. O mensageiro de Tupã entregou ao velho um galho de árvore de Caá, ensinando-lhe a preparar uma infusão que lhe devolveria todo o vigor, e também a partir o porongo (a cuia) e a fazer um canudo de taquara (a bomba). Transformou Yari em deusa dos ervais e protetora da raça Guarani, sendo chamada de Caá-Yari, a deusa da erva-mate. E assim, a erva foi usada por todos os guerreiros da tribo, tornando-os mais fortes e valentes.

Hoje, a erva-mate é o tradicional chimarrão, hábito do Rio Grande do Sul e um símbolo da hospitalidade gaúcha.

Lenda Folclórica do Negro D’Água

Lenda Folclórica do Negro D’Água

Quem já o viu, geralmente pescadores e pessoas ribeirinhas, afirma que ele é uma mistura de homem com anfíbio, pois apesar da fisionomia de um homem negro, alto e careca, possui o corpo coberto por escamas mistas com a pele e mãos e pés em forma de barbatanas. É um habitante dos rios brasileiros.

O Negro D’Água controla a pesca e determina quais e quantos peixes podem ser retirados das águas. Às vezes cobra até uma espécie de pedágio.

Caso seja contrariado, parte anzóis, fura redes e derruba as embarcações. Manifesta-se com gargalhadas altas e duradouras. Por isso, alguns pescadores, ao sair para pescar, já levam uma garrafa de cachaça e a atiram para dentro do rio.

No leito do rio São Francisco, local onde mais registram seus aparecimentos, construíram um monumento, com mais de doze metros de altura, em sua homenagem. Feito pelo escultor juazeirense (Bahia) Ledo Ivo Gomes de Oliveira.

Lenda Folclórica do Pássaro de Fogo

Lenda Folclórica do Pássaro de Fogo
Lenda Folclórica do Pássaro de Fogo

Nas noites de São João um pássaro de fogo sempre é visto rondando Cariacica e Serra. As duas cidades do Espírito Santo, segundo conta à lenda, estão ligadas para sempre pela força de um sentimento que une até hoje o índio Guaraci e a índia Jaciara.

Pertencentes a duas tribos inimigas – Temiminós e Botocudos – o jovem casal foi impedido de viver a história de amor. Comovido com a paixão dos dois índios, o deus Tupã enviou um pássaro enorme para ajudá-los, levando a princesa índia até Guaraci para se encontrarem.

Contudo, os dois foram descobertos. O cacique, pai de Jaciara, reuniu todos os sábios conselheiros da tribo e um feiticeiro, e resolveram transformar os jovens em duas montanhas. O índio ficou sendo o Mestre Álvaro, na Serra e a índia, o monte Moxuara, em Cariacica.

Tupã concedeu uma trégua ao casal, e uma vez por ano, no dia 24 de junho de todos os anos, os jovens voltam as suas formas humanas, de forma invisível, onde fazem juras de amor eterno com a ajuda do Pássaro de Fogo.

Lenda Folclórica da Acaiaca

Conta-se que no Arraial do Tijuco, hoje Diamantina, havia um frondoso cedro que os índios, tinham grande veneração, chamado por eles de “Acaiaca”.

Certa vez, o rio Jequitinhonha inundou toda a região. Escapou apenas um casal de índios, subindo na Acaiaca. Após as águas baixarem, começaram a povoar novamente a terra. Por isso, os índios acreditavam que se um dia a Acaiaca desaparecesse, a tribo também desapareceria.

Sabendo desta superstição, os tejuquenses, que viviam em constante conflito com a tribo, aproveitaram enquanto os bugres festejavam o casamento da filha do cacique, a bela Cajubi, para derrubar e atear fogo na majestosa Acaicaca.

Cumpriu-se então a profecia. Com a tragédia, os membros da tribo começaram a brigar entre si, resultando em uma luta sangrenta com muitos mortos. Nesta noite, uma tempestade caiu sobre o arraial destruindo tudo. O cacique em fúria amaldiçoou todos os tejuquenses.

A partir do dia seguinte foi encontrado diamantes, motivo do castigo. O sofrimento veio com as duras leis que a Coroa Portuguesa impôs ao povo do Arraial do Tijuco.

Cajubi ficou encantada em forma de onça. Aparecia andando ereta com a cabeça de uma onça, tentando impedir os garimpeiros de coletar os diamantes.

Lenda da Gralha Azul

Lenda da Gralha Azul

Há muito tempo atrás, a Gralha Azul era apenas um pássaro pardo, semelhante às outras aves de sua espécie. Certo dia, a Gralha pedia a Deus uma missão que lhe fizesse útil e importante. Deus, atendendo seu pedido, deu-lhe um pinhão. Ela o pegou com o bico com força e cuidado e, ao abrir, comeu a parte fina do fruto e enterrou a parte mais grossa.

Dias depois, ela não se lembrava de onde havia enterrado o restante do pinhão. Mas acabou percebendo que próximo ao local tinha brotado uma Araucária.

Então, muito feliz, a Gralha cuidou da árvore com muita dedicação e amor. Quando a Araucária cresceu e começou a dar frutos, a Gralha comia a parte fina do pinhão e enterrava a outra parte dando origem a outras araucárias. Deus, vendo todo o esforço da Gralha, resolveu presenteá-la pintando suas penas de azul da côr do céu.

Lenda da Cobra Honorato ou Cobra grande

Lendas folclóricas brasileira

Em uma tribo da Amazônia uma índia engravidou da Boiúna, a cobra grande, gerando um casal de gêmeos. Porém, para que ninguém soubesse, a índia jogou as crianças no rio. Mas eles não morreram e viraram cobras. Os índios os chamaram de Honorato e Maria Caninana.

Honorato era bom e meigo, todas as noites saia do seu couro de cobra e ia visitar sua mãe, transformando-se em um lindo rapaz. Já Maria era má, matava homens e bichos, e tinha ódio da mãe e do irmão bonzinho. Um dia os dois irmãos travaram uma briga até a morte de Maria Caninana.

Havia uma simpatia que podia transformar Honorato de vez por todas em homem. Alguém teria que derramar leite de mulher na boca da cobra e ferir sua cabeça. Mas apesar de todos gostarem de Honorato, o medo era maior. Até que um soldado teve a coragem de desfazer o encanto transformando seu amigo em homem, livrando-o de ser temido por todos.

Lenda da Onça maneta

É uma lenda das regiões Sudeste, Norte e Centro-Oeste, de uma Onça que ao lutar com caçadores acabou perdendo uma pata dianteira, mas com isso ela passou a ter muita força e raiva das pessoas que ela encontrava na floresta. Ela vive escondida nas matas e é muito difícil de ser vista. Quando ela ataca é bote certo! Quase ninguém consegue escapar! Pode ser bicho, boiada ou homem, que nada consegue fazer com que ela recue e fuja.

Lenda Folclórica do BOI PINTADINHO

É uma manifestação baseada nos movimentos do Boi que tenta atacar o Espadeiro que, por sua vez, conduz o Boi dentro do espaço da brincadeira com a convocação da Mulinha anunciando a chegada do Boi com sua dança feita de movimentos livres e piruetas.

O Boi Pintadinho é considerado uma brincadeira de carnaval em forma de cortejo, praticado no Estado do Espírito Santo e em municípios do Norte-Fluminense.

É um personagem que surgiu na África para abrilhantar as rodas dos terreiros nas festas em noites de lua cheia e homenagear os Deuses africanos. Essa cultura provavelmente foi trazida para o Brasil através dos escravos, sendo assimilada e regionalizada para o folclore Brasileiro.

Lenda do Bicho Papão

Quem não se lembra do Bicho Papão que fica em cima do telhado, como diz a canção de ninar? Mundialmente conhecido, em cada canto do mundo ele escolhe uma modalidade de castigo para crianças malcriadas: nos Países Baixos, Zwart Piet (Pedro negro), como é chamado, joga as crianças no Mar Negro; em Luxemburgo seu nome é Housecker, que leva as crianças no saco, dando palmadas no bumbum. Atualmente, nem mete tanto medo assim…

Lenda do Velho Chaga da Onça

Lenda do Velho Chaga da Onça

Na década de 30, no interior do Ceará, era comum a caça de onça para se alimentar. Francisco das Chagas era um dos mais conhecidos caçadores de onça do povoado de Coreaú. O dito era famoso por bem alimentar a imaginação das pessoas com seus “causos” emocionantes. Tanto que recebeu o apelido de “Chaga da Onça” depois de ter contado a maior de todas as suas mentiras já antes contadas.

O conto diz que, na época da chuva, quando as onças estavam vulneráveis, Francisco resolveu ir caçar sozinho, apesar de todos o terem alertado sobre o perigo. Depois de dois dias de caça, ele chegou contando sua proeza pelas ruas: “Eu já tava desistindo quando ela apareceu; a onça maior que já vi. Fiquei de frente a danada e apontei minha espingarda para sua cabeça. Mas o bicho era tinhoso e me arrancou a arma com as patas e rugiu forte com seu bafo fedorento. Na hora, não pensei duas vezes, enfiei meu braço direto na garganta dela e puxei o rabo por dentro até ela ficar pelo avesso!”

O velho Chaga da Onça virou lenda da região e, até hoje, suas mentirosas façanhas mirabolantes são lembradas. Afinal, “quem conta um conto aumenta um ponto”.

Lendas Folclóricas – A Serpente Encantada de São Luiz do Maranhão

Lenda da Serpente Encantada de São Luiz do

Conta-se que há, na cidade de São Luís/MA, uma serpente encantada que envolve a ilha. Se um dia a cabeça e o rabo do animal encontrarem-se, a ilha será destruída e São Luís desaparecerá no oceano. Ela vive nas galerias do centro histórico da cidade, onde se encontram partes de seu corpo: a barriga está na Igreja do Carmo, na igreja de São Pantaleão fica a cauda e, na Fonte do Ribeirão, quem olha por entre as grades vê os medonhos e luminosos olhos da serpente.

Lenda folclórica do Jurupari

O Jurupari aparece em inúmeras lendas amazônicas. Em algumas histórias é retratado como um herói que trouxe ordem ao mundo, em outras aparece como um temível demônio.

A lenda diz que o Jurupari é um deus que veio do céu em busca de uma mulher perfeita para ser esposa de Coaraci, o Sol, mas não diz se ele a encontrou. Jurupari foi o maior legislador que os indígenas conheceram, chamado até de deus reformador.

Enquanto conviveu com os homens, estabeleceu uma série de normas de conduta e leis morais. Instituiu a monogamia e a higiene pessoal; restituiu o poder aos homens que viviam em regime matriarcal; promoveu modificações nos costumes e na lavoura, estabelecendo as festas de colheita.

A cerimônia do Jurupari tem seu ritual em fins de março, coincidindo com o período em que as águas diminuem e prenunciam a estiagem, que começa em maio. 

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