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Região Norte

A Região Norte do Brasil é a maior região do Brasil, correspondendo a 45,27% do território nacional. É o menos habitado do país e contribui com uma porcentagem menor no PIB nacional e na população. Compreende os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Sua densidade demográfica é a mais baixa do Brasil, considerando todas as regiões do país, com apenas 3,8 habitantes por km2. A maior parte da população está centrada em áreas urbanas.

O Aeroporto Internacional de Belém e o Aeroporto Internacional de Manaus conectam a Região Norte com muitas cidades brasileiras e também operam alguns voos internacionais.

O Norte abriga a Universidade Federal do Amazonas e a Universidade Federal do Pará.

Os primeiros habitantes da Região Norte, como no resto do Brasil, eram os brasileiros nativos, que compartilhavam um número diverso de tribos e aldeias, desde o período pré-colombiano até a chegada do povo europeu.

Os espanhóis, entre eles Francisco de Orellana, organizaram expedições exploratórias pelo rio Amazonas para conhecer a região. Depois de longas viagens ao lado de Francisco de Orellana, Gonzalo Fernández de Oviedo e Valdés escreveu uma carta dirigida ao Cardeal Pedro Bembo em Veneza, exaltando a fauna e flora existentes na região na época da expedição.

O século XVII marcou a chegada do povo português, onde construíram fortalezas militares para defender a região contra a invasão de outros povos, em 1616, causando na fundação de Belém do Pará. A riqueza da Floresta Amazônica também se tornou interessante para a Coroa Portuguesa. Com os exploradores portugueses, os missionários católicos chegaram à região para catequizar os indígenas. Os nativos foram reunidos por missionários em aldeias, chamadas missões, muitas das quais deram origem a várias cidades, como Borba e Óbidos.

Para trabalhar na extração de borracha, brasileiros de outros estados, principalmente da Região Nordeste, se mudaram para a região. Também muitas famílias japonesas vieram trabalhar nas colônias agrícolas.

Durante as décadas de 1960, 1970 e 1980, os governos militares implementaram um grande plano para integrar a região com outras regiões do Brasil, incluindo a construção de várias rodovias (como a Rodovia Transamazônica), a instalação de indústrias e a criação do Free Zona Econômica de Manaus.

Assentamento

Casas de ribeirinhos no estado do Pará.

A divisão territorial em países não coincide necessariamente com a ocupação indígena do espaço geográfico; em muitos casos, há pessoas vivendo em ambos os lados das fronteiras internacionais, que foram criadas muito depois de já estarem na região.

Desde o início da colonização do século XVII até os dias atuais, os habitantes da Amazônia dedicaram-se às atividades extrativistas e mercantilistas, inserindo entre 1840 e 1910 o monopólio da borracha, principalmente no Amazonas e no Acre. Todo esse processo de colonização trouxe mudanças como a redução da população indígena, o aumento da identidade Caboclo, a mistura de brancos, negros e indígenas, a redução de espécies de plantas e animais e outras consequências.

Após a Segunda Guerra Mundial, a Amazônia brasileira tornou-se parte do processo de desenvolvimento nacional. A criação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) em 1952, o estabelecimento de órgãos de desenvolvimento regional como a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) em 1966 e a Zona Econômica Livre de Manaus em 1967 começaram a contribuir para o assentamento da região e na execução de projetos focados na região.

Geografia

Classificação climática para o norte do Brasil.

A Amazônia representa mais da metade das florestas remanescentes do planeta e compreende o maior e mais rico trecho de floresta tropical do mundo. As florestas tropicais úmidas são o bioma mais rico em espécies, e as florestas tropicais das Américas são consistentemente mais ricas em espécies do que as florestas úmidas na África e na Ásia.  Como a maior extensão de floresta tropical nas Américas, as florestas tropicais da Amazônia têm uma biodiversidade inigualável. Mais de 1/3 de todas as espécies do mundo vivem na Floresta Amazônica. A região abriga cerca de 2,5 milhões de espécies de insetos, dezenas de milhares de plantas e cerca de 2000 espécies de aves e mamíferos. Até o momento, pelo menos 40.000 espécies de plantas, 3.000 peixes, 1.294 aves, 427 mamíferos, 428 anfíbios e 378 répteis foram classificados cientificamente na região.  Os cientistas descreveram entre 96.660 e 128.843 espécies de invertebrados somente no Brasil.

A diversidade de espécies de plantas é a mais alta da Terra, com alguns especialistas estimando que um quilômetro quadrado pode conter mais de 75.000 tipos de árvores e 150.000 espécies de plantas superiores. Um quilômetro quadrado da floresta amazônica pode conter cerca de 90.790 toneladas de plantas vivas.  Esta constitui a maior coleção de plantas vivas e espécies animais do mundo. Uma em cada cinco aves do mundo vive nas florestas tropicais da Amazônia. Até o momento, estima-se que 438.000 espécies de plantas de interesse econômico e social foram registradas na região, com muito mais a ser descobertas ou catalogadas.

Clima

Algumas latitudes podem criar uma região com climas quentes e úmidos. A existência de calor e a enorme massa líquida favorecem a evaporação, fazendo da região uma área muito úmida.

Dominada pelo clima equatorial, a região apresenta altas temperaturas ao longo do ano (médias de 24 ° C a 26 ° C), baixa amplitude térmica, com exceção de algumas áreas dos estados do Amazonas, Rondônia e Acre, onde o fenômeno de “friagem” ocurra curs, devido à atividade de La Niña, permitindo que as massas de ar frio vindas do Oceano Atlântico Sul penetrem nos estados da região Sul do país, passem pela região Centro-Oeste e cheguem aos estados amazônicos, causando uma rápida queda de temperatura.

O calor da Amazônia fornece uma área de baixa latitude que atrai massas de ar polar. Ocorrendo no inverno, o efeito da friagem dura cerca de uma semana.

A população do norte do Brasil é composta em grande parte por caboclos, descendentes de brasileiros nativos e europeus – principalmente portugueses, franceses e espanhóis.

O norte do Brasil recebeu e continua recebendo grande migração de pessoas das regiões Sul e Sudeste do país. No século 20, também recebeu grande migração do Nordeste, que trabalhava nos seringais do Amazonas e do Acre.

Aprendendo com Videoaulas: Geografia: REGIÃO NORTE

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