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Poemas de Vinícius de Moraes

Selecionamos nesta postagem alguns Poemas de Vinícius de Moraes.

Os poemas são textos parecidos com as canções, só que não são musicados. Alguns dos Poemas de Vinícius de Moraes que iremos disponibilizar a seguir foram feitos especialmente para crianças. Os poemas assim como as quadrinhas e os trava línguas, “brincam” com os sons das palavras e com o seu significado.

Veja também: Poemas de Manuel Bandeira.

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Marcus Vinícius da Cruz de Mello Moraes nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 19 de outubro de 1913. Foi um diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro.

Vinicius de Moraes ingressou em 1924 no Colégio Santo Inácio, de padres jesuítas, onde passou a cantar no coral e começou a montar pequenas peças de teatro. Três anos mais tarde, tornou-se amigo dos irmãos Haroldo e Paulo Tapajós, com quem começou a fazer suas primeiras composições e a se apresentar em festas de amigos.

Em 1929, concluiu o ginásio e no ano seguinte, ingressou na Faculdade de Direito do Catete, hoje integrada à Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Na chamada “Faculdade do Catete”, conheceu e tornou-se amigo do romancista Otavio Faria, que o incentivou na vocação literária. Vinicius de Moraes graduouse em Ciências Jurídicas e Sociais em 1933.

Além da diplomacia, do teatro e dos livros, sua carreira musical começou a deslanchar em meados da década de 1950 – época em que conheceu Tom Jobim. Na década seguinte, Vinicius de Moraes viveu um período áureo na MPB, no qual foram gravadas cerca de 60 composições de sua autoria.

Vinícius morreu aos 66 anos, no dia 9 de julho de 1980, em sua casa, no Rio de Janeiro.

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Poemas de Vinícius de Moraes

Confira diversos Poemas de Vinícius de Moraes:

A CASA

Vinicius de Moraes, Sérgio Endrigo, Sergio Bardotti

Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia entrar nela, não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
Na rua dos Bobos
Número zero
Tonga Editora Musical LTDA


A PORTA

Rio de Janeiro , 1970

Eu sou feita de madeira
Madeira, matéria morta
Mas não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta.

Eu abro devagarinho
Pra passar o menininho
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira
Eu abro de supetão
Pra passar o capitão.

Só não abro pra essa gente
Que diz (a mim bem me importa…)
Que se uma pessoa é burra
É burra como uma porta.

Eu sou muito inteligente!

Eu fecho a frente da casa
Fecho a frente do quartel
Fecho tudo nesse mundo
Só vivo aberta no céu!


O ELEFANTINHO

Rio de Janeiro , 1970

Onde vais, elefantinho
Correndo pelo caminho
Assim tão desconsolado?
Andas perdido, bichinho
Espetaste o pé no espinho
Que sentes, pobre coitado?

— Estou com um medo danado
Encontrei um passarinho!


O PATO

Rio de Janeiro , 1970

Lá vem o pato
Pata aqui, pata acolá
Lá vem o pato
Para ver o que é que há.
O pato pateta
Pintou o caneco
Surrou a galinha
Bateu no marreco
Pulou do poleiro
No pé do cavalo
Levou um coice
Criou um galo
Comeu um pedaço
De jenipapo
Ficou engasgado
Com dor no papo
Caiu no poço
Quebrou a tigela
Tantas fez o moço
Que foi pra panela.


AS BORBOLETAS

Rio de Janeiro , 1970

Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas.

Borboletas brancas
São alegres e francas.

Borboletas azuis
Gostam muito de luz.

As amarelinhas
São tão bonitinhas!

E as pretas, então…
Oh, que escuridão!


O RELÓGIO

Rio de Janeiro , 1970

Passa, tempo, tic-tac Tic-tac, passa, hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, e vai-te embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado
Já perdi
Toda a alegria
De fazer
Meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Tic-tac…

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Poemas de Vinícius de Moraes para imprimir

6 Poemas de Vinícius de Moraes para imprimir e trabalhar em sala de aula:

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