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Irradiação adaptativa ou adaptação divergente

A irradiação adaptativa ou adaptação divergente pode ser entendida como um fenômeno em que espécies iguais originam outras espécies diferentes dentro dos seus núcleos adaptativos de acordo com diferentes ambientes. Os eventos citados acima podem ocorrer em um tempo relativamente curto.

Irradiação adaptativa ou adaptação divergente

Essas espécies têm um alto grau de parentesco à diferença é que se desenvolveram em ambientes diferentes e consequentemente apresentam funções distintas de outras espécies de acordo com o habitat que estão localizadas.

O QUE É IRRADIAÇÃO ADAPTATIVA?

Vamos imaginar diversos ambientes diferentes, nesses ambientes ocorrem migrações de espécies para outros ambientes distintos do seu habitat natural, essa migração pode ocorrer tanto em animais e plantas, essas espécies chegam nesses ambientes e consequentemente reproduzem novas espécies.

Portanto, acontece um cenário novo, há criações de novos habitats naturais distintos, com isso ocorre à variação de ofertas de alimentos, ou seja, em um ambiente como floresta, deserto, uma ilha, ira ter espalhados vários habitats divergentes, esses habitats oferecem abrigo, água, sobrevivência, segurança, locais para fazer ninho, com esse cenário, surgem varias e varias espécies para se adaptar ao local.

O primeiro a ter a ideia desse fenômeno foi o Charles Darwin, observou que nas ilhas chamadas de galápagos, localizadas no oceano pacifico, havia certa espécie de pássaros iguais, esses pássaros migraram por diversas ilhas dando origem há varias outras  espécies,  14 espécies de pássaros foram encontrados durante a pesquisa , chamados de tentilhões, nas estruturas desses tentilhões foram analisados que os  bicos estavam  relacionados com a espécie de alimentação de cada  ilha que residia a ave , animais com bicos mais fortes, resistentes, usavam para quebrar cascas e sementes mais fortes , e outros com  bicos mais delicados e com cascas menos resistentes, usavam o bico na alimentação  de sementes mais moles para facilitar a quebra do alimento.

Com essas características, o pesquisador ficou pensativo e resolveu aprofundar ainda mais nas espécies de tentilhões, com a seguinte duvida: “Se eram da mesma família, da mesma espécie, por qual motivo possuíam características diferentes? O cientista através desse questionamento chegou à conclusão que as espécies não permanecem as mesmas por todo tempo e sim evoluem em outras espécies com funções e semelhanças distintas.

Essas mudanças durante o tempo para Darwin ocorrem para que as espécies adaptem aos novos ambientes que surgem, denominando assim de seleção natural, mas sua teoria ainda não é aceita por alguns pesquisadores que afirmam que não há grandes fundamentos científicos, principalmente por parte de pesquisadores conservadores da época.

ÓRGÃOS HÔMOLOS

Os órgãos homólogos é um grande aliado para conhecer a evolução dos organismos durante o tempo, o mesmo são estruturas que são semelhantes em diversos tipos de seres vivos, mas apresentam funções diferentes, isso ocorre principalmente na radiação adaptativa, pois a espécie origina outras espécies com funções adaptativas distintas uma das outras. Os seres vivos que possuem esses órgãos geralmente fazem parte de uma ancestralidade compartilhada, podemos cita os membros tetrápodes que são vertebrados terrestres e possuem basicamente 4 membros, temos como exemplo  os  mamíferos, aves, repteis, os mesmos são bastantes parecidos, mas com atividades não tão parecidas.

Outro exemplo:

Como podemos notar ambos possuem estruturas iguais, mas com funções diferentes, isso ocorre pelo fato que no decorrer da evolução biológica os membros de cada ser vivo foram se adaptando conforme o ambiente que estava inserido, assim cada qual com sua função específica dentro daquele habitat, sofrendo durante anos diversas transformações.

O QUE É ESPECIAÇÃO?

Para melhor compreensão da irradiação adaptativa e sua evolução, é necessário compreender os tipos de especiação decorrentes em cada evolução das espécies, sendo elas 3: Especiação alopática, Parapátrica, Simpátrica, com esses níveis é possível identificar a formação das espécies em diversos fatores:

ESPECIAÇÃO ALOPÁTRICA: Esse tipo de especiação ocorre quando se há isolamento geográfico, com esse isolamento geográfico os seres vivos se adaptam a sobrevivência em ambientes diferentes, gerando assim espécies distintas.

ESPECIAÇÃO PARAPATRICA: Nesses casos não ocorre isolamento geográfico, mas sim uma grande expansão de área com seres vivos da mesma espécie, podemos analisar que na especiação parapatrica o nível de fluxo gênico é menor, ou seja, a migração de população de seres vivos é baixa ,  isso ocorre pelo fato do acasalamento ser restrito em uma só área, com isso há formações de espécies que não compartilham do mesmo gene dos ancestrais anteriores.

ESPECIAÇÃO SIMPRATICA: Quando uma população de seres vivos saem do seu habitat natural e exploram outros meios, outros nichos ecológicos, ou seja, novos meios de vida no meio  ecológico em que vive, essas espécies sofrem uma espécie de adaptação, temos como exemplo um parasita que muda de hospedeiro, ou um inseto que muda de flor, é as mudanças e adaptações em um novo nicho ecológico.

DIFERENÇA ENTRE CONVERGÊNCIA E IRRADIAÇÃO ADAPTATIVA

Muitos confundem irradiação adaptativa e convergência que são dois processos adaptativos, a convergência adaptativa ocorre em ancestralidades diferentes, os seres vivos são submetidos a uma mesma seleção natural, no final a seleção natural acaba sendo comum, os indivíduos de espécies diferentes apresentam variadas características semelhantes, como órgãos, fisiologia, isso ocorre pelo fato de terem a mesma seleção natural, diferentemente da irradiação adaptativa que não precisa estar necessariamente no mesmo lugar, para que se tenha o mesmo processo de seleção

Na irradiação adaptativa a ancestralidade é comum, mas os ancestrais comuns entram em um processo de colonização de biomas diferentes, com isso há uma seleção natural distinta, ou seja, os seres vivos apresentam características fisiológicas distintas, anatômicas

Portanto, quando a seleção natural é comum e os indivíduos possuem a mesma característica, o processo envolve uma analogia dentro da convergência, já na adaptativa, é apenas uma estrutura próxima, ou seja, homologia dentro da irradiação adaptativa.

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